Desde 2012 que só abriam, em Portugal, um ou dois espaços comerciais por ano e a maior parte deles foram expansões. Mas este ano a tendência está a começar a inverter-se. Em março inaugurou o Nova Arcada, o antigo Dolce Vita Braga cuja conclusão estava parada desde 2008. E agora – mais precisamente este sábado, 2 de julho – abriu o Rio Park Monção, um retail park com 22 lojas situado em Monção, a apenas 500 metros da Galiza.
Trata-se de um projeto de 10 milhões de euros do grupo Rio, uma empresa de Monção com 15 anos de atividade na área da promoção imobiliária, que decidiu aproveitar um terreno que tinha junto à ponte internacional que liga Portugal e Espanha para desenvolver um dos poucos conjuntos comerciais da zona.
E porquê? “Pela proximidade à Galiza. O nosso foco é Espanha e captar uma nova procura para a vila e tentar ser uma plataforma turística e um motor do turismo na região”, disse ao Dinheiro Vivo o diretor-geral do grupo Rio, Nuno Afonso.
No total, vão ser criados 300 postos de trabalho directos e são esperados 1,5 milhões de visitantes por ano, “dos quais 70% serão espanhóis, não só os que já vão a Portugal fazer compras, mas também novos clientes que iam ao Porto e a Braga”, adiantou.
É por isso que uma das componentes principais do Rio Park serão as lojas de têxtil-lar, como é o caso do Espaço Casa, DeBorla, Colchões & Companhia ou Radio Popular. “Esta é a principal procura de quem vem de Espanha”, esclareceu o gestor.
Mas, claro, há outras lojas, como a Sportzone, a Perfumes e Companhia ou a Seaside e ainda um Burguer King que abriu no final de 2015. E há ainda uma outra fonte de atracção: os preços. “Estas lojas vieram para aqui porque se querem expandir e um retail park tem um formato que, além de ser ao ar livre, inclui comércio a retalho em lojas de grande dimensão e onde se praticam preços mais baixos”, explicou Nuno Afonso.
Aliás, esta foi outra das razões porque o grupo Rio decidiu investir num retail park e não num centro comercial. “O investimento seria muito maior e o tipo de loja não seria assim . As marcas procuram mais o retail park porque as rendas são três vezes mais caras nos centros comerciais e nunca conseguiriam ter lojas tão grandes, algumas com mais de mil m2, ao preço que têm aqui”, referiu. Prova disso, repara o gestor, é que 100% dos espaços estão ocupados.